Foco de Sigatoka Negra é identificado em propriedade de Jaíba, interior de MG

Segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a identificação foi feita em uma fiscalização de rotina e medidas sanitárias já estão sendo adotadas. Focos da doença não eram identificados em áreas de grande produção de bananas desde 2007 em Minas Gerais.Atualizado 12/03/2025 13h40

A Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte) divulgou que um foco de Sigatoka Negra foi encontrado em uma propriedade em Jaíba. A identificação foi feita em uma fiscalização de rotina realizada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

A nota publicada pela Abanorte nas redes oficiais destaca que “está em andamento um Plano de Ação para monitorar e controlar a doença que inclui a fiscalização, adesão dos produtores a um protocolo de mitigação de riscos e eliminação de bananais abandonados.”

As medidas a serem adotadas foram definidas pelo IMA e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com anuência do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Ainda conforme a nota, focos de Sigatoka não eram identificados em áreas de grande produção de bananas desde 2007 em Minas Gerais.

“O surgimento deste foco reforça a necessidade de medidas rigorosas de controle sanitário, mas não representa um risco imediato para a produção de banana no estado. Com a colaboração de todos os produtores e o cumprimento das normas fitossanitárias, será possível conter a doença de forma eficiente”, destacou a Abanorte.

Sobre a doença

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, a Sigatoka Negra é uma doença causada por fungo e atinge lavouras de banana. Entre os os principais sintomas são:

  • Pequenas descolorações ou pontuações despigmentadas, menores que 1 mm, visíveis, na página inferior da folha
  • Estrias de coloração marrom-clara, com 2 a 3 mm de comprimento;
  • As estrias se alongam e já podem ser visualizadas em ambas as faces da folha;
  • Manchas ovais de cor marrom escura na face inferior e negra na face superior da folha;
  • Manchas negras, com pequeno halo amarelo e centro deprimido e
  • Manchas com centro deprimido e de coloração branco acinzentada, que se coalescem em períodos favoráveis ao desenvolvimento do fungo.

Ainda de acordo com o Mapa, a Sigatoka Negra foi identificada pela primeira vez em 1963, nas ilhas Fiji, na Ásia. No Brasil, a doença foi detectada em 1998 nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant.

Bananal com Sigatoka Negra — Foto: IMA/Divulgação

Bananal com Sigatoka Negra — Foto: IMA/Divulgação

Não há risco no consumo da banana

Conforme o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a Sigatoka Negra pode comprometer a produtividade na lavoura se não for controlada de forma adequada.

” O maior dano provocado pela doença é a morte prematura das folhas, que causa redução da área foliar, induzindo perdas na produtividade e qualidade da fruta. Não existe risco para a população com relação ao consumo de banana”, informou o IMA em comunicado divulgado em seu site.

As plantas doentes acabam tendo a diminuição do número de pencas por cacho, redução dos cachos e amadurecimento precoce das bananas.

“Todos os produtores de banana do município deverão aderir ao protocolo de mitigação de riscos disponível no site do IMA ou nos escritórios regionais. Aqueles que não fizerem isso, sofrerão restrições sanitárias, ficando impedidos de comercializar as frutas. Também haverá fiscalização de trânsito de cargas.”

Medidas sanitárias que estão sendo adotadas

  • Levantamento fitossanitário no raio de 1 (um) km da propriedade afetada, com inspeção de 100% das áreas produtivas
  • Monitoramento ampliado em um raio de até 10 (dez) km, abrangendo pelo menos 50% das propriedades bananicultoras
  • Notificação dos produtores da região, que devem aderir ao Sistema de Mitigação de Riscos da Sigatoka Negra
  • Verificação e atualização dos cadastros das Unidades de Produção (UPs) para garantir o mapeamento das áreas de cultivo
  • Reunião com responsáveis técnicos (RTs) que emitem Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) para reforçar os protocolos de segurança sanitária
  • Fiscalização intensificada no trânsito de cargas e caixarias, a fim de evitar a propagação da doença para outras regiões
  • Toda e qualquer plantação de banana abandonada na região será eliminada, conforme prevê a legislação sanitária vigente.

Fonte G1 Grande Minas

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Priscila Soares

Colunista

Criadora de conteúdo com foco em lifestyle, autoestima e beleza. Com mais de 20 mil seguidores no Instagram, se destaca por produzir conteúdos autênticos e campanhas estratégicas que geram conexão real com seu público. Natural de Jaíba no Norte de Minas, atua com marcas da região, levando visibilidade para empresas de Jaíba, Janaúba e cidades vizinhas.

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